Os dois países, que são membros da Otan, mantêm há décadas uma série de disputas sobre a delimitação de seu espaço marítimo e aéreo.
As patrulhas aéreas são frequentes e, com elas, as interceptações de voos militares, a maioria em torno de ilhas gregas que estão a poucos quilômetros de distância da costa turca.
"Grécia, olhe para a história. Se for muito além, pagará um preço alto", disse Erdogan em um comício na cidade de Samsun, às margens do Mar Negro.
Nos últimos meses, a Turquia denunciou o que classifica de "ações provocativas" por parte de Atenas.
Em uma delas, o governo de Ancara disse, no fim de semana passado, que Atenas utilizou um sistema russo de defesa antiaérea para acossar caças turcos que estavam em missão de reconhecimento.
Atenas desmente essas acusações e, por sua vez, acusa a Turquia de violar seu espaço aéreo constantemente e de sobrevoar indevidamente as ilhas sob sua soberania no Mar Egeu.
Erdogan insistiu neste sábado que a Grécia estaria supostamente "ocupando" essas ilhas.
"Só tenho uma coisa para dizer à Grécia: não se esqueçam de Esmirna", disse Erdogan ao se referir a esta cidade turca do Egeu dotada de um forte componente grego, que Atenas perdeu em setembro de 1922 após uma invasão fracassada do território turco.
Grécia e Turquia estiveram muito perto de um conflito armado nos anos 1990 pela disputa de ilhotas desabitadas conhecidas pelo nome de Imia em grego e Kardak em turco.