Desta forma, o chefe de governo social-democrata Olaf Scholz, que lidera uma coalizão tripartida com ambientalistas e liberais, reverte a decisão de fechar em definitivo as três últimas usinas nucleares alemãs, o que estava programado para o final de 2022.
"É muito improvável que o sistema elétrico experimente situações de crise durante algumas horas no inverno, mas atualmente não podemos excluir completamente essa possibilidade", justificou o ministro ambientalista da Economia, Robert Habeck, citado em um comunicado do ministério.
As centrais Isar 2 (perto de Munique) e Neckarwestheim 2 (Baden-Wurtemberg, no sudoeste) ficarão de prontidão para lidar com qualquer situação de emergência energética.
Os novos elementos de combustível "não serão carregados e em meados de abril de 2023 a reserva de emergência também se esgotará", explicou.
"A energia nuclear é e segue sendo uma tecnologia de alto risco e os resíduos altamente radioativos são um fardo para dezenas de gerações", acrescentou o ministro.
O ambientalista foi um dos mais relutantes a essa prorrogação, que os liberais pediam insistentemente.
No início de agosto, Scholz lançou as bases para uma população tradicionalmente desfavorável à energia nuclear.
"Ainda pode fazer sentido" não desconectar as últimas usinas nucleares do país da rede elétrica, disse ele.
As três usinas nucleares do país são responsáveis por 6% da produção de eletricidade.
Na sexta-feira, a estatal russa Gazprom anunciou que o gasoduto Nord Stream, vital para o abastecimento da Europa, manteria as torneiras fechadas devido a um problema na turbina.
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