A compra da Grail por parte da Illumina "prejudicaria a inovação e reduziria a oferta no mercado emergente de exames de sangue para a detecção precoce do câncer", informa a Comissão Europeia, braço executivo da UE, em nota.
A Grail tenta desenvolver esses tipos de exames que analisam amostras de sangue ou outros fluidos usando o sequenciamento do DNA.
Embora a Illumina não concorra diretamente com a Grail, ela é a única empresa com soluções viáveis de sequenciamento de DNA para esse tipo de teste.
"Illumina é atualmente o único fornecedor confiável da tecnologia para desenvolver e processar esses testes. Com essa fusão, Illumina teria um incentivo para impedir que os rivais da Grail acessem sua tecnologia", disse a Comissária Europeia de Concorrência, Margrethe Vestager.
Nos Estados Unidos, o órgão de fiscalização da concorrência se opôs a essa fusão pelos mesmos motivos, e apresentou um pedido feito em março de 2021 para impedir a aquisição da Grail por US$ 7,1 bilhões pela Illumina.
No entanto, um juiz administrativo dos EUA decidiu a favor da Illumina na semana passada.
Por sua parte, Bruxelas ameaçou sancionar ambas as empresas em setembro de 2021, acusando as empresas de concluir a fusão no mês anterior, embora as investigações das autoridades europeias de concorrência estivessem em andamento.
A Comissão Europeia regula as fusões e aquisições que têm um impacto significativo no mercado europeu, mesmo quando as empresas em questão não estão sediadas na UE.