Sob o acordo, 15 das 161 antiguidades da Idade do Bronze que faziam parte da coleção do bilionário americano Leonard Stern serão exibidas no Museu de Arte das Cíclades em Atenas por um ano, anunciaram as autoridades gregas.
Os objetos restantes - entre os quais ídolos, vasos e tigelas - ficarão expostos no Metropolitan Museum of Art (Met) em Nova York até 2048 e serão devolvidos à Grécia progressivamente, disseram.
O Met também receberá outras antiguidades gregas, emprestadas, sob o acordo.
O principal partido da oposição, o Syriza (esquerda radical), acusou o governo de não ter verificado a procedência da coleção Stern e, assim, ter "limpado" os frutos do contrabando de antiguidades.
"O tesouro em posse de Stern foi exportado ilegalmente da Grécia", disse a parlamentar do Syriza, Sia Anagnostopoulou, ao parlamento nesta quinta-feira.
"Foi impossível encontrar provas das 161 antiguidades e queremos repatriá-las todas", respondeu a ministra da Cultura, Lina Mendoni, perante o Parlamento.
Na quarta-feira, a associação de arqueólogos gregos considerou que as obras de Stern foram "adquiridas por meio de contrabando" e que o acordo abriu um péssimo precedente, permitindo que colecionadores ricos saiam impunes, apesar de se envolverem em tais atividades.
A exposição do Museu de Arte das Cíclades em Atenas, de um ano, pode ser visitada a partir de 1º de novembro.