"O Irã continua a avançar seu programa nuclear muito além do que poderia ser plausivelmente justificado por motivos civis", disseram os governos dos três países em comunicado conjunto.
"No início de agosto, após um ano e meio de negociações, o coordenador do JCPOA (o acordo de 2015) apresentou um conjunto de textos finais que devem permitir que o Irã volte às suas obrigações e os Estados Unidos voltem ao acordo", afirmaram os três países.
"Infelizmente o Irã decidiu não aproveitar esta oportunidade diplomática decisiva" e "continua a escalar seu programa nuclear (...)", apontam.
O Irã pediu mais uma vez a suspensão de uma investigação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre vestígios de urânio enriquecido encontrados em três locais não declarados, o que foi contestado pelo chefe da AIEA, Rafael Grossi.
"Nossa posição é clara: o Irã deve cooperar total e imediatamente com a AIEA", acrescentou o comunicado.
O Irã reagiu à declaração conjunta, dizendo que "não era nada construtivo", segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Naser Kanani.
Desde abril de 2021, o Irã mantém negociações sob mediação da UE para reativar o acordo de 2015, com Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia. Os Estados Unidos estão indiretamente envolvidos no processo.
Em 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do acordo que buscava impedir o Irã de adquirir uma arma nuclear.
Em resposta, o Irã passou a descumprir progressivamente as obrigações e limitações estipuladas no acordo de 2015.