"Você não pode ser neutro e fingir que nada aconteceu quando em geral você colhe os benefícios de nossos sacrifícios", criticou Kuleba durante o fórum internacional da Estratégia Europeia de Yalta (YES), em Kiev, capital da Ucrânia.
Desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, à qual o ocidente respondeu com uma onda de sanções, Moscou se tornou o maior fornecedor de petróleo bruto de Nova Délhi.
As refinarias indianas beneficiam-se de descontos significativos num contexto de subida dos preços da gasolina na Europa.
"A Índia só pode comprar petróleo russo a um preço muito baixo para resolver seus problemas internos porque alguém morre na Ucrânia e alguém na Europa aplica sanções", denunciou Kuleba.
Questionado sobre as relações da Ucrânia com a China, que também não condenou a invasão, o ministro disse querer um diálogo mais ativo com Pequim.
"Sempre que autoridades chinesas dizem algo que vai contra os interesses nacionais da Ucrânia, não hesitamos em reagir. Mas, em princípio, não vemos a China ajudando a Rússia e isso já é bom", concluiu.
KIEV