"O governo egípcio está impondo arbitrariamente barreiras de financiamento, pesquisa e registro que enfraqueceram grupos ambientais locais, obrigando alguns ativistas a partir para o exílio e outros a abandonar seu importante trabalho", disse Richard Pearhouse, diretor de meio ambiente da ONG de defesa dos direitos humanos.
"Estas restrições violam as liberdades de reunião e associação e ameaçam a capacidade do Egito para cumprir seus compromissos no meio ambiente e de ação climática no momento em que receberá a COP27 em novembro", afirmou a ONG em um comunicado.
O Egito se apresenta como um defensor do clima e porta-voz da África, com pedidos para que os países desenvolvidos respeitem seus compromissos financeiros para ajudar o continente a adaptar-se à mudança climática.
De acordo com um dos ambientalistas anônimos citados pela HRW, no entanto, o discurso é utilizado "porque interessa (ao Egito), especialmente em termos de financiamento".
Desde que o presidente Abdel Fattah al-Sisi chegou ao poder em 2013, as autoridades egípcias reprimem qualquer forma de oposição, de imprensa independente ou de ativismo.
A COP27 acontecerá na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh entre 6 e 18 de novembro. Mas as ONGs criticaram a escolha da sede, pois consideram "uma recompensa ao sistema repressivo" de Sisi, que ganha assim legitimidade internacional.
BEIRUTE