Jornal Estado de Minas

MOSCOU

Sobe para 13 número de mortos em tiroteio em escola na Rússia


Ao menos 13 pessoas morreram, incluindo sete crianças, em um tiroteio nesta segunda-feira (26) em uma escola de Izhevsk, na região central da Rússia, anunciaram os investigadores.

O atirador cometeu suicídio, segundo as mesmas fontes.



"Treze pessoas, incluindo seis adultos e sete menores de idade, morreram neste crime", afirma em um comunicado o Comitê de Investigações da Rússia. A nota informa ainda que 14 crianças e sete adultos ficaram feridos.

O suspeito vestia "pulôver preto com símbolos nazistas e uma balaclava", acrescentaram os investigadores, que ainda tentam determinar a identidade do atirador.

O comitê publicou um vídeo que mostra o corpo de um homem no chão, com sangue ao redor da cabeça. O pulôver tem uma suástica vermelha.

"Os policiais encontraram o corpo do homem que abriu fogo. De acordo com nossas informações, ele cometeu suicídio", afirmaram as autoridades.

Mais cedo, o governador da região, Alexander Brechalov, anunciou em um discurso emocionado que "entre as vítimas estavam crianças".



O ataque aconteceu na escola n°88 de Izhevsk. O site do centro de ensino informa que o local tem quase mil alunos e 80 professores.

O presidente russo Vladimir Putin denunciou um "ato terrorista desumano".

"O presidente chora profundamente pela morte de funcionários e crianças nesta escola em que foi cometido um atentado terrorista", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

- Clima tenso -

Izhevsk é uma cidade de quase 650.000 habitantes, capital da república de Udmurtia, que fica na região central do país, ao oeste dos Montes Urais, que dividem a parte europeia da parte asiática da Rússia. A localidade abriga as fábricas dos fuzis Kalashnikov.

Brechalov afirmou que "uma pessoa não identificada" entrou na escola, matou um segurança e abriu fogo contra as crianças.

"A operação de retirada terminou e o perímetro está isolado", disse Brechalov no vídeo divulgado no Telegram. Ele também informou que a Guarda Nacional da Rússia, o FSB (Serviço Federal de Segurança) e as autoridades responsáveis pela investigação estão no local.



O tiroteio desta segunda-feira aconteceu em um momento de grande tensão em várias regiões da Rússia, após o anúncio da convocação militar de centenas de milhares de reservistas para a ofensiva na Ucrânia.

Nesta segunda-feira, um homem abriu fogo em um centro de recrutamento do exército russo na Sibéria e um militar ficou gravemente ferido.

O fenômeno dos tiroteios era algo raro no país, em particular nas escolas, mas nos últimos anos se tornou mais frequente, a ponto de o presidente Vladimir Putin expressar preocupação e atribuir as causas a eventos importados dos Estados Unidos e ao efeito perverso da globalização.