As federações de Peru e Chile tinham denunciado na Fifa a possibilidade de escalação irregular do jogador Byron Castillo em oito jogos das Eliminatórias e pedido a desclassificação da seleção equatoriana da Copa, que começa no dia 20 de novembro que vai começar dentro de 12 dias no pequeno emirado do Golfo.
O Comitê de Apelação da Fifa indeferiu em 15 de dezembro o recurso interposto por Peru e Chile contra a primeira decisão da justiça da instância para encerrar o caso, mas o CAS anunciou em comunicado nesta terça-feira que anula essa decisão e sanciona a Federação Equatoriana de Futebol (FEF).
O procedimento disciplinar começou em meados de maio, após a acusação da Federação Chilena de Futebol, que defendeu que Castillo havia nascido na Colômbia, e fez o Equador temer por sua presença na Copa do Mundo do Catar-2022 (20 de novembro a 18 de dezembro), para a qual obteve a sua classificação.
O TAS (por sua sigla em francês) considera a FEF "responsável por usar um documento que contém informações falsas", o que leva a uma sanção à federação equatoriana com "uma dedução de 3 pontos à FEF na próxima fase preliminar de classificação para a Copa do Mundo" e o pagamento à Fifa de uma multa de 100.000 francos suíços "no prazo de 30 dias da notificação do laudo".
Embora a mais alta instância da justiça desportiva admita que a FEF utilizou "um documento que continha informações falsas" (passaporte de Castillo), o jogador "estava apto a participar na fase preliminar de classificação" do Catar-2022, uma vez que "a nacionalidade de um jogador para atuar por uma federação nacional é algo determinado pela legislação nacional".
- Apto a jogar pelo Equador -
O TAS "considera que não houve violação das regras de elegibilidade e que ocorreu uma série de circunstâncias atenuantes, entre as quais, o fato de a FEF ter instaurado um processo disciplinar contra o jogador, que foi paralisado por ordem de uma autoridade judicial equatoriana", insistiu a agência em sua resolução.
Em um comunicado posterior, a FEF destacou que "está definitivamente ratificada a quarta participação da 'La Tri' em um evento da Copa do Mundo", embora tenha declarado que "não compartilha da sanção imposta pelo TAS" e que analisa "os próximos passos a seguir".
Castillo, nascido há 23 anos em Tumaco (Colômbia) e que joga pelo clube mexicano León, defendeu o Equador em oito partidas das eliminatórias da Copa do Mundo, nas quais sua seleção conquistou 14 pontos.
A equipe comandada pelo técnico argentino Gustavo Alfaro terminou em quarto lugar no torneio sul-americano e conseguiu sua vaga no Catar.
O Peru terminou em quinto nessa fase classificatória e foi eliminado ao perder no playoff para a Austrália, enquanto o Chile terminou em sétimo na zona sul-americana, mas seria o quarto se os pontos somados pelo Equador nesses oito jogos com Castillo fossem retirados.
Representante sul-americano ao lado de Brasil, Argentina e Uruguai, o Equador vai disputar a Copa do Mundo no grupo A, ao lado do anfitrião Catar, com quem joga a partida inaugural no dia 20 de novembro, além de Holanda e Senegal.
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LAUSANA
TAS pune Equador por 'caso Castillo', mas confirma seleção na Copa do Mundo
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