Estas ONGs - All Out, Pink Cross, a Organização Suíça de Lésbicas (LOS) e Transgender Network Switzerland (TGNS) - montaram durante meia hora um jogo de futebol que colocou falsos representantes da Fifa e do Catar contra a comunidade LGBT+.
"Com esta ação incentivamos as seleções de futebol, os jogadores e os patrocinadores a mostrarem seu apoio e compromisso com os direitos das pessoas LGBT+ no Catar", declarou Justin Lessner, diretor de campanha da All Out.
A pessoa que representava a Fifa usava uma camisa da entidade, enquanto o falso representante do Catar jogou vestido de policial. Os dois estavam acorrentados em seu gol para evitar que a equipe que representava a comunidade LGBT+ marcasse.
Em uma carta revelada no dia 4 de novembro pela Sky News, os dirigentes da Fifa pediram às 32 seleções participantes do Mundial do Catar que "se concentrem no futebol" e deixem de lado as controvérsias em torno do país sede do torneio.
Mas a polêmica está longe de se acabar. Um ex-jogador da seleção catari e embaixador da Copa do Mundo, Khalid Salman, disse que a homossexualidade é um "dano mental", em entrevista que será exibida na televisão alemã nesta terça-feira.
"Essas declarações são horríveis", lamentou a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, também responsável pelos Esportes, em uma entrevista coletiva afirmando que mantém a confiança nas garantias de segurança para os torcedores na Copa do Mundo apresentadas pelo primeiro-ministro do Catar durante uma recente viagem ao país.
A homossexualidade é ilegal no pequeno emirado do Golfo. Capitães de seleções europeias como Inglaterra, França e Alemanha usarão braçadeiras com as cores do arco-íris e a mensagem 'One Love', em uma campanha contra a discriminação.
ZURIQUE