Rússia e Ucrânia trocaram acusações neste domingo (20) sobre bombardeios contra a central nuclear de Zaporizhzhia, que fica no sul do território ucraniano e está sob controle do exército russo.
Kiev "não detém suas provocações destinadas a criar uma ameaça de catástrofe provocada pelo homem na central nuclear de Zaporizhzhia", afirmou o ministério russo da Defesa em um comunicado
No sábado e domingo, as forças ucranianas dispararam mais de "20 projéteis de grande calibre" contra a central, a maior da Europa, segundo a nota.
Os projéteis explodiram entre os blocos número 4 e 5 e atingiram o teto de um "edifício especial" próximo aos blocos, acrescenta o texto.
A construção abriga, entre outras coisas, um depósito de combustível nuclear, afirmou Renat Karchaa, diretor da empresa russa de energia nuclear Rosenergoatom, citado pela agência oficial TASS.
Apesar dos bombardeios, "o nível de radiação na área da central permanece dentro das normas", insiste o comunicado do ministério russo.
A agência nuclear ucraniana (Energoatom), porém, acusou Moscou pelo bombardeio contra a central.
"Esta manhã, 20 de novembro de 2022, como resultado de vários bombardeios russos, foram registrados ao menos 12 impactos contra o território da central nuclear de Zaporizhzhia", afirmou a Energoatom, que acusou os russos de "mais uma vez colocar o mundo em perigo".