Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio, morreu neste domingo (20/11) aos 93 anos. Fontes próximas à ativista confirmaram a informação, mas a causa da morte ainda não foi informada.
Bonafini passou três dias internada no Hospital Italiano, em La Plata, na Argentina, para realização de exames. Ela chegou a ser internada novamente após algumas semanas.
Hebe nasceu em 4 de dezembro de 1928 na cidade de Ensenada. Ela se casou aos 14 anos, em 1942, e teve três filhos: Jorge Omar, Raúl Alfredo e María Alejandra.
Hebe ficou conhecida após se tornar presidente da Associação Mães da Praça de Maio em 1979. Ela se tornou uma ativista influente na área de direitos humanos.
Antes de ser internada, Bonafini participou da inauguração de uma exposição de fotografias em sua homenagem.
Presidente e vice da Argentina lamentam morte da ativista
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, manifestou-se nas redes sociais pelo falecimento de Hebe. "Querida Hebe, Mãe da Praça de Maio, símbolo mundial da luta pelos direitos humanos, orgulho da Argentina. Deus te chamou no Dia da Soberania Nacional... não deve ser coincidência. Simplesmente obrigada e até sempre".
Queridísima Hebe, Madre de Plaza de Mayo, símbolo mundial de la lucha por los Derechos Humanos, orgullo de la Argentina. Dios te llamó el día de la Soberanía Nacional... no debe ser casualidad. Simplemente gracias y hasta siempre. pic.twitter.com/TVUfmywmAi
%u2014 Cristina Kirchner (@CFKArgentina) November 20, 2022
O presidente Alberto Fernández também lamentou a morte de Bonafini. "Com a partida de Hebe de Bonafini perdemos uma lutadora incansável. Exigindo verdade e justiça junto com as Mães e Avós, ela enfrentou o genocida quando o senso comum coletivo foi em outra direção".
A Associação das Mães da Praça de Maio foi criado em 14 de maio de 1978, após diversas mulheres se reunirem, em plena ditadura militar na Argentina, para protestar por seus filhos desaparecidos em frente à sede do governo em Buenos Aires.