A lava começou a fluir por volta da meia-noite de domingo na cratera do Mauna Loa, um dos cinco vulcões do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) às 23h45 de domingo (06h45 de segunda-feira, no horário de Brasília), cerca de 15 minutos após o início da erupção.
"Neste momento, os fluxos de lava estão contidos na área da cratera e não ameaçam as comunidades nas encostas", disse o USGS em seu site, pedindo aos residentes da área que revisem os procedimentos de preparação.
Embora a erupção na principal ilha deste estado remoto dos Estados Unidos no Pacífico permaneça dentro da bacia na parte superior do vulcão, chamada caldeira vulcânica, "os fluxos de lava podem se mover rapidamente ladeira abaixo", alertou o USGS.
Hoje de manhã, o escritório de monitoramento de vulcões do USGS tuitou: "A lava parece ter fluído para fora da caldeira, mas, por enquanto, as fontes eruptivas permanecem confinadas à caldeira".
A agência acrescentou que o Observatório de Vulcões do Havaí estava em contato com a equipe de gestão de emergência e conduziria um reconhecimento aéreo sobre o vulcão de 4.168 metros de altitude o mais rápido possível.
Autoridades do Havaí disseram que nenhuma ordem de retirada foi emitida, embora a área da cratera e várias estradas na região estivessem fechadas.
Uma webcam do USGS posicionada na borda norte do topo de Mauna Loa mostrou longas e brilhantes fissuras eruptivas dentro da cratera vulcânica, que contrastavam com a escuridão da noite.
O arquipélago do Havaí tem seis vulcões ativos. O Mauna Loa, o maior da Terra, entrou em erupção 33 vezes desde 1843, de acordo com o USGS.
A erupção mais recente, em 1984, durou 22 dias e produziu fluxos de lava que chegaram a até em torno de sete quilômetros de Hilo, cidade onde hoje vivem cerca de 44.000 pessoas.