O teórico da conspiração americano Alex Jones ganhou milhões de dólares com discursos carregados de "fake news" que ajudaram na venda de produtos, como estimulantes do desejo sexual, explorando um ecossistema na Internet que, segundo especialistas, fazem da desinformação um lucrativo negócio.
Fundador do site de extrema direita InfoWars, Jones foi condenado a pagar quase US$ 1,5 bilhão em danos por afirmar que o massacre de 2012 em uma escola de ensino fundamental de Connecticut, que deixou 20 crianças em idade escolar e seis adultos mortos, era uma "farsa".
Casos de difamação no Texas e em Connecticut contra Jones colocaram o foco na busca de frear a desinformação que circula na Internet, onde o conteúdo falso e incendiário em geral se espalha mais rápido, gera mais público e mais receita do que a verdade.
"O atual modelo de negócios na Internet consiste em construir um público e depois monetizá-lo por meio de anúncios, vendas de produtos, ou doações diretas", disse à AFP Danny Rogers, cofundador da organização sem fins lucrativos Índice Global de Desinformação.
"Alex Jones aperfeiçoou esse modelo vendendo as narrativas mais antagônicas na forma de virulentas teorias conspiratórias e de raiva desenfreada, construindo um público receptivo e, depois, explorando seu público para se beneficiar", acrescentou.
De novo no centro das atenções esta semana quando o rapper Kanye West falou em seu programa sobre sua admiração por Adolf Hitler, Jones fez fortuna com o que os especialistas dizem ser uma mistura bem-sucedida de teorias conspiratórias e marketing em seu site InfoWars.
Jones promoveu suplementos masculinos, produtos para perda de peso e potencializadores de testosterona, enquanto afirmava que o governo feminilizou os homens, ou tornou-os gays usando poluentes químicos.
Ele acusa o governo de colocar flúor, deliberadamente, na água potável, enquanto vende creme dental sem esse componente em sua loja on-line.
Seu público, segundo ele, conseguirá sobreviver a vários cenários apocalípticos com produtos que podem ser adquiridos em sua loja, como comida para armazenar, coletes blindados e até itens para armas caseiras.
- Falência -
O valor de sua fortuna não é claro, mas um economista forense testemunhou, durante o julgamento no Texas, que o patrimônio líquido combinado de Jones e da Free Speech Systems - a empresa por trás da Infowars - estava possivelmente entre US$ 135 milhões e US$ 270 milhões.
Esta semana, Jones entrou com pedido de falência pessoal em seu estado natal, o Texas, alegando que seus passivos excediam em muito seus ativos. Em abril, já havia declarado falência da InfoWars e, em julho, da Free Speech Systems.
No mês passado, citando registros financeiros, o jornal americano The Washington Post noticiou que Jones transferiu milhões de dólares da Free Speech Systems para empresas controladas por ele, ou seus familiares.
Famílias de vítimas do tiroteio de 2012 na escola de Sandy Hooks em 2012 denunciaram que Jones estava tentando esconder sua fortuna para evitar o pagamento da indenização que um júri de Connecticut estabeleceu em US$ 965 milhões em outubro. Posteriormente, um juiz ordenou o pagamento de mais US$ 473 milhões.
Fundador do site de extrema direita InfoWars, Jones foi condenado a pagar quase US$ 1,5 bilhão em danos por afirmar que o massacre de 2012 em uma escola de ensino fundamental de Connecticut, que deixou 20 crianças em idade escolar e seis adultos mortos, era uma "farsa".
Casos de difamação no Texas e em Connecticut contra Jones colocaram o foco na busca de frear a desinformação que circula na Internet, onde o conteúdo falso e incendiário em geral se espalha mais rápido, gera mais público e mais receita do que a verdade.
"O atual modelo de negócios na Internet consiste em construir um público e depois monetizá-lo por meio de anúncios, vendas de produtos, ou doações diretas", disse à AFP Danny Rogers, cofundador da organização sem fins lucrativos Índice Global de Desinformação.
"Alex Jones aperfeiçoou esse modelo vendendo as narrativas mais antagônicas na forma de virulentas teorias conspiratórias e de raiva desenfreada, construindo um público receptivo e, depois, explorando seu público para se beneficiar", acrescentou.
De novo no centro das atenções esta semana quando o rapper Kanye West falou em seu programa sobre sua admiração por Adolf Hitler, Jones fez fortuna com o que os especialistas dizem ser uma mistura bem-sucedida de teorias conspiratórias e marketing em seu site InfoWars.
Jones promoveu suplementos masculinos, produtos para perda de peso e potencializadores de testosterona, enquanto afirmava que o governo feminilizou os homens, ou tornou-os gays usando poluentes químicos.
Ele acusa o governo de colocar flúor, deliberadamente, na água potável, enquanto vende creme dental sem esse componente em sua loja on-line.
Seu público, segundo ele, conseguirá sobreviver a vários cenários apocalípticos com produtos que podem ser adquiridos em sua loja, como comida para armazenar, coletes blindados e até itens para armas caseiras.
- Falência -
O valor de sua fortuna não é claro, mas um economista forense testemunhou, durante o julgamento no Texas, que o patrimônio líquido combinado de Jones e da Free Speech Systems - a empresa por trás da Infowars - estava possivelmente entre US$ 135 milhões e US$ 270 milhões.
Esta semana, Jones entrou com pedido de falência pessoal em seu estado natal, o Texas, alegando que seus passivos excediam em muito seus ativos. Em abril, já havia declarado falência da InfoWars e, em julho, da Free Speech Systems.
No mês passado, citando registros financeiros, o jornal americano The Washington Post noticiou que Jones transferiu milhões de dólares da Free Speech Systems para empresas controladas por ele, ou seus familiares.
Famílias de vítimas do tiroteio de 2012 na escola de Sandy Hooks em 2012 denunciaram que Jones estava tentando esconder sua fortuna para evitar o pagamento da indenização que um júri de Connecticut estabeleceu em US$ 965 milhões em outubro. Posteriormente, um juiz ordenou o pagamento de mais US$ 473 milhões.