"Após as últimas restrições impostas pelas autoridades do Catar, a Royal Air Maroc (RAM) lamenta informar aos clientes o cancelamento dos voos operados pela Qatar Airways", comunicou a companhia, sem detalhar as razões da suspensão.
Os sete voos previstos afetaram 2.100 passageiros, mas "os outros 23 voos operados pela RAM estão mantidos", sinalizou à AFP uma fonte próxima à empresa.
Enquanto isso, alguns torcedores marroquinos que já haviam desembarcado em Doha nos primeiros voos da ponte aérea, e com quem a AFP se reuniu na tarde de terça (13), explicaram que a Federação Marroquina de Futebol teria prometido ingressos que ainda não possuíam.
Na manhã de quarta, a conta oficial do Aeroporto Internacional de Hamad (de onde partiram os voos de Casablanca) publicou no Twitter um pedido para que os torcedores "não se desloquem aos dois aeroportos (em Doha) até que tenham adquirido ingressos para os próximos jogos".
"Lembramos aos torcedores que o Aeroporto Internacional de Hamad e o Aeroporto de Doha não são locais oficiais para obter ingressos para os jogos da Copa do Mundo", disse o tuíte.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram uma parte da torcida marroquina bloqueada pela polícia do Catar no aeroporto de Hamad.
Após a histórica classificação para as semifinais do Mundial, a companhia aérea do Marrocos decidiu operar 30 voos especiais entre Casablanca e Doha, na véspera e no dia da partida contra a França (14).
Um transporte aéreo sem precedentes que deve "permitir aos muitos marroquinos ansiosos por apoiar a seleção nacional em sua epopeia e experimentar a emoção da semifinal da Copa do Mundo", explicou a RAM na segunda (12).
Desde o início do mês, não é mais necessário ter passagem para entrar no Catar, mas é preciso obter um cartão Hayya, que serve como visto.