O Twitter suspendeu na quinta-feira (15/12) as contas de vários jornalistas que fizeram reportagens sobre a empresa e seu novo dono, Elon Musk.
Alguns jornalistas tuitaram sobre a decisão do Twitter de banir a conta @ElonJet, que rastreava os voos do jato particular de Musk, e sobre versões desta conta hospedadas em outras redes sociais.
O Twitter não apresentou explicações para a suspensão das contas dos jornalistas.
A União Europeia (UE) alertou nesta sexta-feira (16) que pode aplicar sanções contra o Twitter.
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Entre as contas suspensas estão as de repórteres da CNN, dos jornais The New York Times e The Washington Post, além de jornalistas independentes.
De acordo com a NBCNews, uma conta da rede social Mastodon, rival do Twitter, também foi suspensa.
Na quarta-feira, Musk tuitou que um veículo em Los Angeles que transportava um de seus filhos foi seguido por "um perseguidor maluco" e deu a entender que atribuía o suposto incidente ao rastreamento de seu jato particular. Na mensagem, ele afirmou que adotou ações legais contra a pessoa que operava a conta ElonJet.
A conta no Twitter que rastreava os voos de Musk foi suspensa, apesar da promessa do empresário de que não faria nada em nome da liberdade de expressão.
"Bem, parece que @ElonJet está suspensa", tuitou o criador da conta, Jack Sweeney, em sua conta pessoal @JxckSweeney, que também foi suspensa alguns minutos depois.
O Twitter informou que atualizou sua política para proibir mensagens que, na maioria dos casos, revelam a localização de alguém em tempo real.
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Musk escreveu que "qualquer conta que faça 'doxxing' (revelação pública de dados pessoais) com informações de localização em tempo real será suspensa, porque é uma violação física de segurança".
Desde que assumiu o controle do Twitter, Musk apresenta mensagens contraditórias sobre o que está autorizado, ou não, na plataforma.
Musk reativou contas que estavam suspensas na rede social, incluindo a do ex-presidente americano Donald Trump. Também suspendeu a conta do rapper Kanye West, após a publicação de mensagens antissemitas.
E rejeitou o retorno ao Twitter de Alex Jones, fundador do site de extrema direita InfoWars, que foi condenado a pagar US$ 1,5 bilhão de indenização por afirmar que o massacre de 2012 na escola Sandy Hook foi uma "farsa".