O mundo, agora com 8 bilhões de habitantes, se prepara neste sábado (31) para entrar em 2023 e deixar para trás doze meses marcados pela guerra na Ucrânia, inflação e uma Copa do Mundo que consagrou a Argentina de Lionel Messi.
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'Robô do futuro' da Xuxa erra previsões para 2023 e vira memeEconomia diz ser favorável a trocar meta sobre desmatamento até 2023Escolha as cores e prepare rituais para o Ano-NovoViagem no tempo: o voo que decolou em 2023 e pousará em 2022Autoridades políticas e católicas lamentam morte de Bento XVIVelório de Bento XVI começa na segunda-feira na Basílica de São PedroPara boa parte da Humanidade, estes dias serão de luto e preparativos fúnebres, depois da morte, na quinta-feira (29), do astro do futebol Pelé e do papa emérito Bento XVI, este sábado no Vaticano.
Mas muitos esperam compensar os anos amargados pela pandemia e comemorar o Réveillon em grande estilo, apesar do alto custo de vida e do fato de que o vírus, relativamente esquecido nos últimos meses, voltou a preocupar pelo número vertiginoso de casos na China.
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Sydney será uma das primeiras grandes cidades a receber 2023, recuperando sua coroa de "capital mundial do Ano Novo".
Austrália: mais de 1 milhão de pessoas no porto de Sydney
A Austrália já reabriu suas fronteiras e espera receber mais de um milhão de pessoas no porto de Sydney para assistir a um espetáculo com mais de 100.000 fogos de artifício que iluminarão a noite de verão austral.As autoridades esperam que quase 500 milhões de pessoas acompanhem o espetáculo pela internet ou pela televisão.
"Se o mundo inteiro se unir para celebrar e olhar para o próximo ano com otimismo e alegria renovados, consideraremos que fizemos um bom trabalho", disse o organizador da queima de fogos, Fortunato Foti.
O sonho de "um céu pacífico"
Para alguns, 2022 ficará marcado como o ano do jogo de palavras online Wordle, do tapa de Will Smith em Chris Rock no Oscar, da Copa do Mundo vencida por Messi ou do último show de Joan Manuel Serrat.
Também significou o adeus de Pelé e Bento XVI, assim como a partida da rainha Elizabeth II, do cantor cubano Pablo Milanés, do escritor espanhol Javier Marías e do último líder soviético, Mikhail Gorbachev.
Mas, provavelmente, 2022 será lembrado, antes de mais nada, pelo retorno da guerra na Europa.
Mais de 300 dias após o início da invasão russa na Ucrânia, cerca de 7.000 civis morreram e mais de 10.000 ficaram feridos, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. Além disso, cerca de 16 milhões de ucranianos foram forçados a deixar suas casas.
Quem ficou no país deve respeitar o toque de recolher de 23h até 5h, entre apagões periódicos causados pelos bombardeios russos contra infraestruturas de energia, em pleno inverno.
Muitos ucranianos vão passar a virada do ano rezando à luz de velas, mas outros querem festejar a noite toda.
Na Rússia de Vladimir Putin parece não haver clima para grandes comemorações.
Moscou cancelou seus tradicionais fogos de artifício após o prefeito Sergei Sobyanin consultar os moradores.
Irina Shapovalova, uma funcionária de uma casa de repouso, admite que seu principal desejo para 2023 é "um céu pacífico sobre nossas cabeças".
A emissora estatal russa VGTRK prometeu oferecer "uma atmosfera de Ano Novo, apesar das mudanças no país e no mundo".
Mas a transmissão deste ano não terá o apresentador Maxim Galkin, que se exilou após denunciar a guerra na Ucrânia. Desde então, ele é considerado um "agente estrangeiro" pelas autoridades russas.
Volta da COVID-19?
Após dois finais de anos atípicos devido à pandemia de covid-19, as vacinas permitiram o retorno a uma certa normalidade na maior parte do mundo.
No entanto, a China, onde o vírus foi detectado pela primeira vez, enfrenta uma nova onda, após o levantamento abrupto no início do mês das restrições sanitárias em vigor desde 2020.
O vírus se propaga rapidamente entre uma população que até agora quase não teve contato com a doença e sobrecarrega hospitais e crematórios.
Esta situação levou muitos países a exigir testes de covid-19 aos viajantes que chegam da China, por medo do surgimento de novas variantes.
Na América Latina, a posse de Lula culminará, no domingo (1º), a abertura de um novo ciclo de governos de esquerda, com 'novatos' como Gustavo Petro, na Colômbia, e Gabriel Boric, no Chile, aprendendo a lidar com as complexidades do poder.
Após um final de ano marcado pela destituição do presidente Pedro Castillo, os protestos no Peru - que pedem a renúncia do atual governo de Dina Boluarte e já deixaram 22 mortos e mais de 600 feridos - podem ser retomados em janeiro.