Depois de Amazon, Meta e Microsoft, foi a vez da Alphabet, empresa matriz do Google, anunciar um amplo plano que inclui a demissão de 12.000 empregados, em torno de 6% de todo seu quadro de funcionários.
"Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12.000 empregos", disse o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, em um e-mail enviado aos funcionários.
"Nos últimos dois anos, experimentamos períodos espetaculares de crescimento. Para apoiar e impulsionar esse crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente da atual", acrescentou, observando que a economia está forçando a empresa a reduzir sua força de trabalho.
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Esquerda ou direita? Buscas sobre Pedro Castillo disparam no GoogleGoogle se recusa a oferecer rede social de Trump em sua loja virtualGoogle registra queda de lucro e aumento de faturamento no 2 trimestreA Alphabet tinha quase 187.000 funcionários em todo o mundo no final de setembro de 2022.
Os cortes vão acontecer "em todos os departamentos, funções, níveis de responsabilidade e regiões", completou Pichai, sem dar mais detalhes.
"Fizemos uma revisão rigorosa em todas as áreas de produtos e atividades para garantir que nosso pessoal e nossos cargos estejam alinhados com nossas prioridades mais importantes como empresa", escreveu Pichai.
"Os postos que estamos removendo refletem o resultado dessa revisão. O fato de essas mudanças terem um impacto na vida dos 'Googlers' pesa muito sobre mim e assumo toda a responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui", acrescentou o CEO.
Os funcionários americanos afetados por este plano já foram notificados. Em outros países, o processo levará mais tempo, em função das leis trabalhistas locais.
Nos Estados Unidos, os funcionários demitidos receberão pelo menos 16 semanas de salário, bônus de 2022, férias e seis meses de cobertura de saúde.
Funcionários não americanos também poderão receber assistência jurídica, se desejarem permanecer nos Estados Unidos.
Wall Street reagiu com satisfação ao plano de demissão: as ações da Alphabet subiram 3,5% nas negociações eletrônicas antes da abertura da Bolsa.
- Precedentes -
A medida foi anunciada um dia depois de a Microsoft divulgar seu plano de demitir 10.000 trabalhadores nos próximos meses. Outras grandes empresas de tecnologia, como Meta, proprietária do Facebook, Amazon, Salesforce e Twitter, já haviam informado planos de corte de funcionários, também sob a justificativa de que o setor enfrenta turbulências econômicas.
A indústria de tecnologia enfrenta um período de turbulências, causadas pela alta da inflação e pelo aumento contínuo das taxas de juros, depois da bonança desfrutada no período da pandemia da covid-19 e seus consequentes confinamentos.
De acordo com o site de tecnologia Layoffs.fyi, quase 194.000 trabalhadores do setor perderam seus empregos nos Estados Unidos desde o início de 2022, sem incluir os afetados pelo anúncio da Alphabet.
As empresas de tecnologia "têm contratado em um ritmo que era insustentável, e a deterioração do ambiente macroeconômico agora as obriga a demitir", afirmou Dan Ives, da Wedbush Securities.