"O presidente estava animado de dar uma entrevista à Fox Soul para falar sobre o Super Bowl, seu 'Discurso sobre o Estado da União' e temas importantes sobre a vida cotidiana dos afro-americanos. Soubemos que a Fox Corporation pediu que a entrevista fosse cancelada", declarou no Twitter a porta-voz do presidente americano, Karine Jean-Pierre.
O grupo Fox, controlado pelo magnata australiano-americano Rupert Murdoch, reúne vários canais, inclusive o Fox Soul, destinado à audiência afro-americana.
O mais conhecido é o Fox News, um canal de notícias visto fundamentalmente por republicanos e que tem como colaboradores comentaristas e legisladores de extrema direita.
Tradicionalmente, a final da liga nacional de futebol americano (NFL, na sigla em inglês), o evento esportivo anual de maior audiência televisiva nos Estados Unidos, é precedida de uma entrevista com o presidente da república da vez.
Este ano, a Fox transmitirá o duelo de domingo entre Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles. No ano passado, a decisão atraiu mais de 99 milhões de espectadores.
A entrevista é uma oportunidade para que o inquilino da Casa Branca apareça com uma luz um pouco mais relaxada, para falar de esporte, mas também para transmitir algumas mensagens políticas.
As especulações afloraram nos últimos dias sobre a realização da entrevista, devido a comentários extremamente virulentos transmitidos na Fox News contra Joe Biden e sua política.
Vira e mexe, o presidente democrata é desafiado pelo correspondente do canal na Casa Branca, Peter Doocy.
Meses atrás, acreditando que não estava sendo gravado, Biden tratou o apresentador de "idiota" em um comentário sobre uma de suas perguntas. Depois, ligou para ele para se desculpar.
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