O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (16/2) que os três objetos voadores não identificados que foram derrubados por caças americanos não parecem ter sido usados para espionagem e provavelmente pertenciam a empresas privadas ou instituições de pesquisa.
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Depois da derrubada de um balão chinês no começo de fevereiro, os Estados Unidos redobraram o monitoramento do espaço aéreo e, nos últimos dias, intensificaram ações para minimizar o que o governo vê como ameaças ligadas a objetos voadores. Nos últimos dias, três objetos voadores não identificados foram abatidos por caças americanos.
Diferentemente do que ocorreu com o balão, Pequim desta vez não assumiu a responsabilidade, e a Casa Branca informou não ter encontrado indícios de que os itens tivessem origem chinesa.
Óvnis
Os episódios recentes alimentaram uma troca de acusações entre os dois países. Washington apontou que o balão chinês abatido no dia 4 era um instrumento de espionagem, enquanto Pequim diz que era um artefato civil usado para pesquisas, sobretudo meteorológicas.
A China chamou a decisão americana de destruí-lo de exagerada, com impacto para as relações diplomáticas. Pequim ainda acusou os EUA de ter violado seu espaço aéreo pelo menos dez vezes no ano passado e alegou ter avistado um óvni na costa do país no fim de semana.
Diante da troca de acusações, Biden voltou a dizer nesta quinta que "não hesitará" em ordenar a derrubada de qualquer objeto aéreo que possa ameaçar a segurança nacional.
O presidente americano informou que planeja conversar com o líder chinês, Xi Jinping, mas que não pedirá desculpas por ter ordenado a derrubada do balão. "Não queremos uma nova Guerra Fria e vamos continuar conversando com a China", disse Biden, em pronunciamento foi feito após parlamentares americanos pressionarem por mais informações sobre os incidentes.
A espionagem faz parte da história das relações entre EUA e China -que se tornaram mais tensas desde que Pequim passou a disputar o posto de maior potência global.
Levantamento do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), baseado em Washington, identificou 160 episódios de conhecimento público de espionagem pelos chineses de 2000 a 2021.