"Os Estados Unidos estabeleceram formalmente que a Rússia cometeu crimes contra a humanidade na Ucrânia", disse Harris.
"Examinamos as provas, conhecemos as normas legais e não há dúvida de que se trata de crimes contra a humanidade", sublinhou.
Harris citou casos de execuções sumárias, tortura e estupro pelas forças russas na Ucrânia, além da "transferência de centenas de milhares de civis ucranianos" para a Rússia.
"Afirmo a todos os que perpetraram esses crimes e a seus superiores ou cúmplices: vocês responderão" por eles, acrescentou.
Esta é a primeira vez que os Estados Unidos designaram formalmente a Rússia como um país que cometeu crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.
Em comunicado à parte, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, garantiu que "não se trata de atos aleatórios ou isolados", e falou de um "ataque generalizado e sistemático do Kremlin contra a população civil na Ucrânia".
Salienta ainda que, ao utilizar esta classificação de crimes contra a humanidade, os Estados Unidos comprometem-se a que os membros das forças russas e outros responsáveis, ainda não identificados, "prestem contas dos seus atos" perante a Justiça.
"Não pode haver impunidade para esses crimes", conclui Blinken.
Desde o início da invasão, os Estados Unidos documentaram ou catalogaram mais de 30.600 casos de crimes de guerra cometidos por forças russas na Ucrânia, disse o Departamento de Estado dos EUA.
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