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Estado de Minas MUNIQUE

China denuncia 'histeria' e 'protecionismo' dos EUA


18/02/2023 14:09

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, classificou como "histérica" a reação dos Estados Unidos ao detectar um balão chinês no seu espaço aéreo e denunciou o "protecionismo" da maior economia mundial, neste sábado (18).

Diante de líderes e especialistas reunidos na Conferência de Segurança de Munique, o diplomata afirmou que a reação de Washington foi "absurda e histérica" ao derrubar o balão com um míssil disparado de um avião.

O país americano, por sua vez, sustenta que o artefato seria um dispositivo de espionagem, ainda que Pequim tenha afirmado ser apenas um balão de pesquisa meteorológica que entrou por engano naquela área.

"Há muitos balões no céu de diferentes países. Você quer derrubar cada um deles?", questionou Wang, para quem essa ação representou "100% de abuso do uso da força".

"Pedimos aos Estados Unidos que não façam tais coisas absurdas simplesmente para desviar a atenção de seus próprios problemas internos", declarou.

Para o diplomata, a ação desrespeitou o pedido para que os Estados Unidos "lidassem com a situação de forma tranquila e profissional".

Yi ainda defendeu em seu discurso que a China é um país que lidera questões de "paz", palavra que repetiu inúmeras vezes, além de sugerir que a Ucrânia e a Rússia deveriam "sentar-se à mesa e encontrar" uma saída "política" para o conflito que estourou há quase um ano.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, no entanto, questionou a suposta neutralidade do país asiático.

Os Estados Unidos estão "preocupados com o fato de Pequim ter aprofundado suas relações com Moscou desde o início da guerra", disse Harris.

Alemanha e França esperam convencer a China a pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar o conflito.

- Chips eletrônicos -

A rivalidade tecnológica entre os países também foi abordada pelo diplomata, que denunciou as restrições americanas à exportação de chips eletrônicos.

São "100% egoístas, 100% unilaterais" e representam uma "grave violação do princípio do livre comércio", condenou Wang Yi durante a Conferência de Segurança de Munique, criticando uma posição "longe da livre concorrência".

Essas restrições testemunham "uma percepção equivocada da China" pelos Estados Unidos, segundo o diplomata.

"Com essa percepção, os Estados Unidos usam todos os seus recursos para reprimir e difamar a China e encorajam outros países a fazerem o mesmo", afirmou.

"Não temos medo da competição, mas queremos uma competição justa, baseada em regras. Os Estados Unidos não", disse Wang Yi.

Em outubro, os Estados Unidos, em nome da "segurança nacional", anunciaram novos controles de exportação, para limitar a capacidade de Pequim de comprar e fabricar chips de última geração "usados para fins militares".

Washington procurou impedir Pequim de desenvolver sua própria indústria de semicondutores.

Os Estados Unidos acusam regularmente a China de espionagem industrial e de representar uma ameaça à sua segurança nacional.

A China anunciou em dezembro que abriu um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos por causa dessas restrições.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que também está em Munique, pediu aos países ocidentais para evitar a dependência energética do país asiático para que não se cometa "o mesmo erro com a China", fazendo menção à Rússia.


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