O jornal espanhol El País criticou evento realizado pela igreja Universal, com o bispo Edir Macedo, no domingo (19/2), em Madrid. O periódico se referiu ao religioso como "pastor" do ex-presidente Bolsonaro (PL) e um dos "líderes evangélicos responsáveis por sustentar políticos ligados à ideologia da extrema-direita".
"Ultraconservador, ele defendeu que as mulheres não deveriam ir à universidade, comparou homossexuais a bandidos e demonizou causas de esquerda como a ideologia de gênero. Sua igreja evangélica tem cerca de sete milhões de fiéis no Brasil e seu apoio foi visto como decisivo na vitória em 2018 do líder de extrema-direita Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais", descreveu o jornal.
O El País também destacou a "comercialização da fé". Em apenas sete minutos, a igreja vendeu cerca de 80 bíblias, a 50 euros cada, arrecadando mais de R$ 22 mil. "Macedo levantou-se de sua cadeira e desceu até a nave central para falar junto aos fiéis. Ele iniciou um discurso espiritual sobre como somente aquele que bebe da água de Jesus terá uma vida feliz e próspera. Para saciar essa sede, ele os aconselhou a não se entregarem a drogas ou sexo", relatou.
O Correio tenta contato com a igreja Universal para ter algum posicionamento sobre as críticas. No entanto, até a publicação desta matéria, o jornal não obteve retorno. O espaço segue aberto.