Banga "tem a experiência indispensável para mobilizar recursos públicos e privados para enfrentar os desafios mais urgentes do nosso tempo, inclusive o aquecimento global", afirma um comunicado oficial, dias depois de o atual presidente da instituição, David Malpass, anunciar sua renúncia.
O candidato nasceu e foi criado na Índia, onde terminou seus estudos antes de iniciar sua carreira profissional em empresas do setor agroalimentar, como Nestlé e PepsiCo, no final do século XX, e depois passar para o setor financeiro. Desenvolveu a estratégia de microfinanças do banco americano Citigroup entre 2005 e 2009.
Em 2009, foi diretor de Operações da Mastercard, tornando-se diretor-geral um ano depois, e CEO do grupo, até o final de 2021.
Hoje, trabalha como executivo do fundo americano de capital General Atlantic e preside o conselho de administração do Holding Exor, da família Agnelli, a dinastia italiana que criou o Império do grupo automobilístico Fiat.
O Banco Mundial aceita candidaturas até 29 de março e já destacou que incentiva a apresentação de candidatas.
O apoio à candidatura de Banga se dá no momento em que se pede mudanças nos bancos de desenvolvimento para que abordem problemas globais, como o meio ambiente.
A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, estima que o modelo desse tipo de credor, que consiste no endividamento dos países para fazerem investimentos específicos, é "insuficiente".
Os Estados Unidos são o principal acionista do Banco Mundial. Por tradição, seu presidente costuma ser americano, enquanto um europeu chefia o Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma distribuição de responsabilidades criticadas há anos por países como Brasil, China, Índia e Rússia, que querem ter mais peso nessas instituições internacionais.