"Nós não quebramos, nós superamos muitas provações e vamos triunfar. Vamos responsabilizar todos aqueles que trouxeram este mal, esta guerra, para nossa terra. Todo o terror, todos os assassinatos, todas as torturas, todos os saques", afirmou o presidente ucraniano em mensagem publicada nas redes sociais.
A resistência ucraniana contou com forte apoio militar e financeiro das potências ocidentais, que, nesta quinta-feira, pediram ao FMI que implementasse um novo pacote de ajuda antes do fim de março.
O G7 considerou que as sanções impostas à Moscou "minaram significativamente as capacidades da Rússia em sua guerra ilegal".
A Casa Branca já adiantou que "os Estados Unidos implementarão sanções de amplo alcance contra setores-chave que geram receitas" para o presidente russo, Vladimir Putin
Putin, por sua vez, prometeu aumentar a produção industrial militar e anunciou a utilização de mísseis balísticos intercontinentais Sarmat.
"Daremos atenção prioritária ao fortalecimento de nossas capacidades de defesa", disse Putin em um vídeo divulgado no Dia do Defensor da Pátria, na Rússia.
As expectativas de vitória da Rússia foram frustradas quando suas tropas sofreram fortes perdas no leste da Ucrânia no final do ano passado.
Atualmente, tentam fortalecer a ofensiva conquistando a cidade de Bakhmut, onde enfrentam forte resistência.
A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, afirmou que a defesa de seu país, que também foi uma república soviética e faz parte da Otan, "começa na Ucrânia".
Se a Rússia atingir seus objetivos em solo ucraniano, isso "será um incentivo para fazer o mesmo em outros lugares", alertou ela.
O presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, também confirmou à Kiev a determinação de seu governo em permanecer "ao lado da Ucrânia e de seu povo até que a paz retorne à Europa".
Também anunciou que deve enviar dez tanques Leopard à Ucrânia nos próximos meses, quatro a mais do que havia anunciado inicialmente.
- Ucrânia em debate na ONU -
A Assembleia Geral da ONU se pronunciará hoje sobre uma resolução apoiada pela Ucrânia e seus aliados pedindo uma paz "justa e duradoura", "exigindo" a retirada imediata das forças russas e solicitando que "cessem as hostilidades".
"É um momento decisivo para mostrar apoio, unidade e solidariedade", discursou o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no início da reunião de quarta-feira (22).
Kiev e seus aliados esperam que a proposta obtenha pelo menos tantos votos quanto uma resolução de outubro de 2022, na qual 143 países condenaram as anexações russas de várias regiões ucranianas.
As três propostas relacionadas à invasão russa votadas na Assembleia Geral do ano passado tiveram entre 140 e 143 votos a favor, menos de 40 abstenções e os votos contra de Belarus, Síria, Coreia do Norte, Eritreia e Rússia.
"A Rússia não demonstra nenhum desejo de paz A única coisa que conhece de paz é o silêncio dos mortos e das ruínas", disse a chanceler francesa, Catherine Colonna.
Mas a China e outros países emergentes não parecem muito convencidos.
"Não importa o quão difícil seja a porta para uma solução política, não pode ser fechada", disse o vice-embaixador da China à ONU, Dai Bing.
Um posicionamento que também reúne alguns países latino-americanos como Guatemala, México, Colômbia e Uruguai.
Brasil e Cuba anunciaram que vão se pronunciar após a votação, que começa às 20h (17h no horário de Brasília).
Na quinta-feira, após conversas entre Putin e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, a China anunciou que pretende apresentar "uma solução política" para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, sem dar mais detalhes sobre o plano.