"Hoje, fechamos o Estado", gritou a musicista e militante sami Ella Marie Haetta Isaksen, entre os manifestantes, a maioria vestida com a tradicional roupa azul e vermelha dessa população que vive em uma área que abrange Noruega, Suécia, Finlândia e a península de Kola na Rússia.
Os militantes pedem a demolição de dois parques eólicos na região de Fosen, no oeste da Noruega, que eles chamam de "ilegais" desde uma decisão do Supremo Tribunal norueguês há quase um ano e meio.
Além do Ministério do Petróleo e da Energia, cujo acesso já estava bloqueado na véspera, os ativistas estenderam as suas ações ao Ministério da Economia e das Finanças.
A polícia liberou uma das entradas do ministério no início da manhã.
Desde domingo, os manifestantes contam com o apoio de Greta Thunberg, que se juntou às operações de bloqueio.
"Não podemos usar a suposta transição climática como cobertura para o colonialismo", declarou a ativista sueca na segunda-feira à TV2.
"Uma transição climática que viola os direitos humanos não é uma transição climática digna desse nome", afirmou.
O principal tribunal do país concluiu em outubro de 2021 que o projeto não respeitava o direito das famílias sami de praticar sua cultura, a criação de renas, violando um texto da ONU sobre direitos civis e políticos.
Embora o tribunal tenha considerado por unanimidade que as autorizações concedidas para a construção de 151 turbinas eram inválidas, os 11 juízes não estabeleceram o que fazer com elas.
As autoridades norueguesas prometeram, por sua vez, a respeitar a decisão do tribunal e ordenaram novas investigações para encontrar um mecanismo que permita a coexistência entre geradores de eletricidade e a criação de renas.