Os cardeais e altos funcionários da Santa Sé são chamados a fazer um "sacrifício" diante das limitações econômicas, pagando os preços de mercado por seus apartamentos, de acordo com o Vatican News.
Os cardeais que moravam no Vaticano eram, até agora, isentos de pagar aluguel. São, em particular, os chefes, segundos e terceiros níveis dos responsáveis pelos dicastérios, órgãos equivalentes a ministérios.
Essa decisão foi tomada "para fazer frente aos crescentes compromissos" da Igreja, em um "contexto econômico, como o de hoje, de especial gravidade", segundo o texto, que insiste na necessidade "de que todos façam um sacrifício extraordinário para atribuir mais recursos à missão da Santa Sé".
Essa medida não se aplicará a contratos em andamento, que serão concluídos sem serem afetados pela decisão papal.
No entanto, de acordo com o Vatican News, os contratos "só podem ser estendidos ou renovados respeitando" as novas normas e "qualquer exceção ao novo regulamento deverá ser autorizada diretamente pelo papa".
A decisão não foi objeto de um comunicado oficial e responsáveis do Vaticano contactados pela AFP não estavam disponíveis imediatamente para detalhar as modalidades.
O Vaticano possui um extenso patrimônio imobiliário avaliado em bilhões de dólares, incluindo endereços de prestígio em Paris, Londres e Genebra, além de numerosos apartamentos em Roma.
Desde sua eleição, em 2013, o papa argentino tenta colocar ordem nas finanças da Santa Sé, tentando fortalecer a transparência no Vaticano.