Ao deixar Downing Street, os chefes de Governo britânicos elaboram uma "lista de honras", com os nomes das pessoas que desejam ver enobrecidas.
Essa lista foi analisada por um comitê do governo e depois por Downing Street.
Segundo o The Times, a lista de Boris Johnson, que deixou o governo em setembro após uma série de escândalos, tem uma centena de nomes. Seria muito mais longa que a de seus antecessores Theresa May e David Cameron, que contou com cerca de 60 pessoas.
A informação, que não foi confirmada nem pela equipe de Boris Johnson nem pelo governo, alimenta as acusações de nepotismo regularmente levantadas contra o Partido Conservador, no poder, e em particular contra o ex-líder.
"Isso é ridículo", disse o líder trabalhista da oposição, Keir Starmer, à rádio LBC. "Um ex-primeiro-ministro concede honras ao pai? Por quais serviços? Acho que para o público é absolutamente escandaloso", criticou.
A presença nesta lista de Stanley Johnson é ainda mais surpreendente porque, como menciona o The Times, ele foi acusado de assédio sexual e violência doméstica contra a mãe de Boris Johnson na década de 1970.
Este ex-membro do Parlamento Europeu, agora defensor do Brexit, obteve a nacionalidade francesa em maio de 2022.
Em 2020, Boris Johnson, então primeiro-ministro, já havia nomeado seu irmão Jo para a Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento britânico.