A Transnístria é uma pequena região do leste da Moldávia apoiada por Moscou e que se separou do restante da ex-república soviética após um conflito em 1992. Desde então, a Rússia mantém um contingente de tropas de paz no território.
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, acusou a Rússia no mês passado de planejar a queda de seu governo com sabotadores camuflados como manifestantes contrários ao Executivo, o que Moscou negou.
As autoridades de segurança da região separatista afirmaram em um comunicado que impediram "um ataque terrorista (...) liderado pelos serviços secretos ucranianos, que estava sendo preparado contra funcionários de alto escalão".
"Os suspeitos foram detidos. Eles confessaram", afirmaram as fontes.
O procurador da Transnístria, Anatoly Guretsky, afirmou que os suspeitos queriam "eliminar funcionários de alto escalão do Estado" e que o ataque foi planejado no centro administrativo do território, Tiraspol.
"Planejaram para que provocasse muitas vítimas porque o ataque terrorista deveria acontecer no centro da capital", acrescentou.
O canal de televisão estatal First Pridnestrovian informou que os idealizadores pretendiam detonar um veículo com oito quilos de explosivos e divulgou imagens de um dos supostos terroristas, um homem de 40 anos que, segundo a emissora, disse que "recebia ordens dos serviços secretos ucranianos".
A Moldávia, um país pobre de 2,6 milhões de habitantes com uma considerável minoria russa, fez uma guinada para o Ocidente nos últimos anos, o que irritou Moscou.
Desde o início da ofensiva na Ucrânia há um ano, o Kremlin é acusado de atiçar as tensões na Transnístria.
No fim de fevereiro, a Rússia acusou a Ucrânia de preparar um ataque contra a região e advertiu que responderia a qualquer provocação.
O governo da Moldávia rebateu as acusações e pediu calma.
MOSCOU