A Câmara baixa do Parlamento emitiu uma resolução que "condena firmemente a campanha vergonhosa na mídia (...) contra o Grande Papa, João Paulo II, o polonês mais eminente da História".
O texto foi aprovado com votos do Direito e Justiça (PiS), partido nacionalista no poder, e de outras denominações de direita.
Uma reportagem da emissora TVN e o livro de um jornalista holandês indicam que Karol Jozef Wojtyla, que adotou o nome João Paulo II ao ser eleito papa, ocultou casos de pedofilia na Igreja Católica quando era bispo da Cracóvia.
O presidente da conferência episcopal polonesa, Stanislaw Gadecki, pediu "a todas as pessoas de boa vontade que não destruam (...) o legado de João Paulo II".
O ministério polonês de Relações Exteriores "convidou" para uma entrevista o embaixador dos Estados Unidos para falar sobre as atividades de uma emissora de TV que pertence a um investidor americano.
Segundo a imprensa polonesa, o convite se deve a uma reportagem da rede privada TVN, que pertence ao grupo americano Discovery, que exibiu no domingo uma reportagem sobre o pontífice, que chefiou a Igreja até sua morte, em 2005.
O ministério informou que as possíveis consequências das ações do canal de televisão "são idênticas aos objetivos da guerra híbrida, destinados a causar divisões e tensões na sociedade polonesa".
As duas investigações jornalísticas citam documentos e testemunhos que relatam casos de abusos cometidos por religiosos e afirmam que o então futuro papa João Paulo II tinha conhecimento deles.