Jornal Estado de Minas

ROMA

Itália envia embarcações para resgatar 1.300 migrantes à deriva no Mediterrâneo

A Guarda Costeira e a Marinha italiana enviaram embarcações, nesta sexta-feira (10), para ajudar no resgate de 1.300 migrantes que estão à deriva no Mediterrâneo central, a rota migratória mais perigosa do mundo, menos de duas semanas após um naufrágio mortal deixar dezenas de mortos na costa do país.



Três embarcações da Guarda Costeira "intervêm a cerca de 70 milhas náuticas (aproximadamente 130km) ao sul de Crotona (sul da Calábria) para resgatar um grande navio que leva em torno de 500 migrantes a bordo", anunciou a autoridade em um comunicado.

"O resgate (...) é especialmente complicado pelo elevado número de pessoas a bordo das embarcações à deriva", disse a instituição marítima, que divulgou fotos que mostram três navios sobrecarregados.

Três outras embarcações da Guarda Costeira, incluindo um navio de alto-mar, o "Dattilo", estão ajudando outros dois navios que transportam cerca de 800 pessoas. Os dois últimos estão localizados a 180 km a sudeste da Calábria, segundo a mesma fonte.

As operações de resgate continuarão nas próximas horas com o apoio adicional de um avião e outro barco que já está em alto-mar.

Diante do ocorrido, a Marinha foi acionada pela Guarda Costeira e o Ministério da Defesa sinalizou em um comunicado que ordenou "uma intervenção imediata" do navio militar "Sírio", que "se dirija ao local o mais rápido possível".

O naufrágio ocorrido há quase duas semanas na costa da cidade de Crotona deixou pelo menos 73 mortos. A Justiça abriu uma investigação sobre o incidente, sobretudo para explicar a demora na chegada das equipes de resgate.

De acordo com o Ministério do Interior, 17.592 pessoas chegaram à Itália desde 1º de janeiro de 2023, em comparação aos 5.976 no mesmo período de 2022 e 5.995 em 2021.