A decisão abrange as provas individuais e por equipes e será efetivada a partir de abril "com a ressalva de eventuais futuras do COI (Comitê Olímpico Internacional)" sobre o tema, que gera grande controvérsia.
A esgrima se torna assim o primeiro esporte olímpico a reintegrar esportistas de Rússia e Belarus, um ano depois de sua exclusão devido à guerra na Ucrânia.
Reunidos em um Congresso extraordinário em Lausanne (Suíça), 65% dos membros da FIE votaram a favor do retorno às competições de atletas, equipes e responsáveis russos e bielorrussos, explicou a mesma fonte.
"Estamos profundamente impactados e indignados por esta decisão e convocamos imediatamente uma reunião do Presidium para decidir nossa resposta à decisão da FIE e um eventual recurso", declarou em um comunicado a Federação Ucraniana de Esgrima.
"Durante o fim de semana, consultaremos os membros da Federação, atletas, treinadores, o COI e o Ministério dos Esportes", acrescentou a organização ucraniana.
A FIE teve que se posicionar diante da iminência do início da fase de classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que começa agora em abril vai até o ano que vem.
"Foi dado o primeiro passo. Estou agradecido aos colegas das federações estrangeiras", comemorou Ilgar Mamedov, presidente da Federação Russa de Esgrima, citado pela agência Ria Novosti.
Os esgrimistas russos, que estão entre os melhores do mundo, conseguiram três medalhas de ouro nos Jogos de Tóquio em 2021, nos quais tiveram que competir sob a bandeira do Comitê Olímpico Russo e não com a de seu país.