Como acontece a cada ano, os japoneses respeitaram um minuto de silêncio às 14H46 (2H46 do horário de Brasília), momento em que, há 12 anos, um terremoto de 9,0 graus de magnitude abalou o arquipélago e chegou a ser sentido na China.
Das profundidades do Oceano Pacífico, perto da costa noroeste do Japão, o tremor provocou um tsunami no qual gigantescas ondas afetaram a região.
Isunami é a principal causa de morte ou desaparecimento de quase 18.500 pessoas na catástrofe.
Os canais de televisão exibiram neste sábado imagens de pessoas que perderam entes queridos no tsunami depositando flores, em momentos de oração e em reverência diante dos túmulos.
"Estamos sobrevivendo, por isso, por favor, cuidem de nós", disse Fumiki Sugawara, de 73 anos, em frente ao túmulo dos membros de sua família, incluindo seu marido, segundo o canal público NHK.
Após o tsunami aconteceu o acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi, inundada pelas ondas, onde os núcleos de três dos seis reatores sofreram uma fusão parcial.
Quase 165.000 pessoas foram retiradas da região e localidades inteiras permaneceram inabitáveis durante anos.
O acesso a mais de 1.650 quilômetros quadrados do departamento de Fukushima (12% da sua superfície) foi proibido nos meses seguintes a catástrofe.
Intensos trabalhos de descontaminação permitiram reduzir as zonas inabitáveis a 337 km2 (2,4% do departamento).
Os trabalhos de descontaminação e desmantelamento da central devem demorar vários anos.
A justiça japonesa confirmou em janeiro a absolvição de três ex-dirigentes da Tepco, a operadora da central nuclear, que haviam sido acusados de negligência criminal pelo acidente de 2011.
TEPCO - TOKYO ELECTRIC POWER
TÓQUIO