Se o caso prosperar, Trump, de 76 anos, pode se tornar o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos acusado na Justiça criminal.
O magnata republicano, candidato a um novo mandato na Casa Branca, "deve prestar contas por suas condutas sujas", declarou Cohen a diversos meios de comunicação ao chegar ao tribunal. Também garantiu que quer "dizer a verdade" e não busca "vingança".
Questionado pela AFP, seu advogado, Lanny Davis, confirmou que seu cliente "estava sendo interrogado pelo grande júri", um painel de cidadãos com amplos poderes para investigar.
Cohen testemunha dentro da investigação sobre os 130.000 dólares que entregou, em 2016, à atriz pornô Stormy Daniels - cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford - para que ela guardasse silêncio sobre a suposta relação que teve com Trump.
O pagamento foi feito duas semanas antes da eleição em que o republicano derrotou a democrata Hillary Clinton.
Cohen foi condenado a três anos de prisão depois de se declarar culpado, em particular por ter orquestrado esse pagamento em violação das leis sobre o financiamento de campanhas eleitorais. Ele, no entanto, garantiu ter agido a pedido de Trump, que o reembolsaria assim que fosse eleito presidente.
Segundo o New York Times, o ex-presidente poderia ser acusado de tentar maquiar relatórios contábeis para dissimular o pagamento a Stormy Daniels. Um crime que poderia ser mais grave se os promotores considerarem que Trump buscava contornar os regulamentos sobre financiamento de campanhas eleitorais, segundo a publicação.
Depois das revelações midiáticas, Trump denunciou, em sua rede Truth Social, ser vítima de uma "caça às bruxas política que busca derrubar o candidato" com melhores opções para representar o Partido Republicano.
O ex-presidente é investigado por diferentes casos, mas jamais foi acusado.
NOVA YORK