"Não temos intenção de nos mudar", disse o chefe do mosteiro, o arcebispo metropolitano Pavlo Lebid, em um vídeo publicado na segunda-feira (13).
Historicamente ligada ao Patriarcado de Moscou - ao contrário de outro ramo da Ortodoxia Ucraniana ligada ao Patriarcado de Constantinopla -, essa Igreja anunciou em maio sua ruptura com a Rússia.
O governo ucraniano estima, no entanto, que a instituição continua dependente da igreja russa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, expressou seu apoio na segunda-feira e considerou "inadmissível" a decisão das autoridades ucranianas. O patriarca russo Kirill condenou a "pressão do Estado" contra este ramo da Igreja Ortodoxa na Ucrânia.
No final de 2022, as autoridades ucranianas realizaram incursões a vários estabelecimentos religiosos desta Igreja e aplicaram sanções a religiosos por seu apoio pró-Rússia.
Na semana passada, o Ministério ucraniano da Cultura anunciou a rescisão do contrato que permitia a esta Igreja alugar gratuitamente uma parte do mosteiro, devido a "violações no uso de bens do Estado" por sua parte.
As instalações devem ser liberadas até 29 de março, segundo a imprensa local.
Fundado no século XI, o Mosteiro Ortodoxo das Cavernas de Kiev é o maior da Ucrânia. Incluído no Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), este complexo cultural é o maior do país, com uma superfície de 22 hectares, bem no centro da capital ucraniana.