"Eu fiz isso sozinho, eles estão inventando uma história, eu agi sozinho", afirmou ele para inocentar a namorada, Brenda Uliarte, 23, também presa pela tentativa de homicídio.
"Brenda Uliarte não teve nada a ver com isso", repetiu em declarações transmitidas na noite de segunda-feira no canal de televisão C5N.
O ataque ocorreu em frente à casa de Kirchner. O responsável se misturou entre um grupo de apoiadores que aguardavam a vice-presidente, oito dias após o Ministério Público ter pedido sua condenação por corrupção.
"Puxei o gatilho e o tiro não saiu, a arma tinha cinco balas", disse Montiel, 35, detido no presídio de Ezeiza, em Buenos Aires.
Ao ser questionado se sente arrependimento da tentativa, o sujeito respondeu com um enfático "não". Ele reforçou, no entanto, que fez "por causa da situação do país".
"Em vez de tirar a trava, imagina o nervosismo de estar em um lugar e de puxar o ferrolho, puxei o trinco para trás e quando apertei o gatilho não saiu porque no meio de tanto tumulto, eu estava nervoso" pela quantidade de pessoas, contou.
A Justiça considerou que o ataque foi planejado por Sabag e Montiel. Nicolás Carrizo, 27, também está preso.
Carrizo é amigo do casal e líder da chamada "banda de los copitos", vendedores ambulantes de algodão-doce, serviço que Sabag e sua namorada declararam exercer.
O caso do ataque contra Kirchner ainda está em fase de investigação antes de ser levado a julgamento.
O procurador do processo, Carlos Rívolo, solicitou novamente perícias sobre o celular de Montiel, cujo conteúdo teria sido apagado por engano nas primeiras manipulações feitas pela polícia.
A vice-presidente pediu que a Justiça investigasse os mandantes do ataque, presumindo que Sabag era um mero executor que recebia ordens.