O FMI aprovou em 25 de março do ano passado um programa de ajuda para a Argentina no valor total de US$ 44 bilhões em 30 meses.
"A gestão macroeconômica prudente no segundo semestre de 2022 apoiou a estabilidade e ajudou com alguma margem para garantir os objetivos do programa", afirmou o FMI em comunicado.
O acordo "está sujeito à aprovação da direção executiva do FMI, que deve reunir-se nos próximas semanas" e, "uma vez finalizada a revisão, a Argentina terá acesso a cerca de 5,3 bilhões de dólares", detalhou.
A revisão teve como objetivo avaliar os progressos e chegar a acordos "sobre um pacote concreto de políticas para abordar de forma duradoura os desequilíbrios macroeconômicos e limitar as vulnerabilidades futuras" da economia argentina, indicou.
Em declaração conjunta citada no comunicado, Luis Cubeddu, vice-diretor do Departamento para as Américas, e Ashvin Ahuja, chefe de missão para a Argentina, afirmaram que "todos os critérios de desempenho quantitativo até o final de dezembro de 2022 foram cumpridos com certa margem".
O déficit fiscal em 2022 atingiu 2,3% do PIB (contra uma meta de 2,5%) e as reservas internacionais líquidas aumentaram US$ 5,4 bilhões (acima da meta de US$ 5 bilhões).
Mas ambos os funcionários do FMI alertam Buenos Aires que, "diante dos desafios de uma seca cada vez mais severa, é necessário um pacote de políticas mais forte para salvaguardar a estabilidade macroeconômica" e "enfrentar o aumento da inflação", que se aproximou de 95% em 2022.
Estas políticas "devem ser implementadas de maneira firme e consistente", insistiram.