Às 11h30 GMT (8h30 de Brasília), Paris recuava 3,25%, Londres 2,34%, Milão 3,61%, Madri 3,7% e Frankfurt 2,61%.
Entre as as ações mais afetadas, a do Credit Suisse chegou a afindar mais de 20% na Bolsa da Suíçaa.
O principal acionista do banco suíço, o Banco Nacional Saudita, afirmou que não vai investir mais no Credit Suisse e não aumentará sua participação no capital.
Questionado pela Bloomberg TV se o banco saudita poderia investir mais na instituição, o presidente Amar Al Judairy descartou a opção.
Os sauditas possuem atualmente 9,8% do Credit Suisse, pouco abaixo da barreira de 10%, a partir da qual outras regras são aplicadas.
O Credit Suisse está no olho do furacão há vários meses e, no final de 2022, precisou levantar fundos e arrecadou 4 bilhões de francos suíços (4,4 bilhões de dólares), por meio de um aumento de capital que permitiu a entrada do banco saudita.
No início de março, o fundo de investimentos americano Harris Associates, que era um dos acionistas mais importantes, vendeu toda sua participação no banco.
O presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, afirmou que o estabelecimento não precisa de ajuda governamental.
"Não é um tema", afirmou durante uma conferência do setor bancário na Arábia Saudita. "Temos índices financeiros sólidos, um balanço sólido", insistiu.
Após a falência do banco californiano Silicon Valley Bank (SVB), "parece que cada vez mais os investidores olham para o CS (Credit Suisse) como a próxima peça do dominó mais provável (a cair)", comenta Neil Wilson, analista da consultoria Finalto.
- Instabilidade -
Em outros países europeus, as ações do vários bancos também estavam em queda: BNP Paribas -12,02%, Société Générale -11,93%, Banco Sabadell -8,82%, ING -8,26%, Commerzbank -11,57%, Deutsche Bank -8,22% e Unicredit -7,39%.
Desde o início da semana, quase todos os bancos perderam mais de 10% do valor na Bolsa - alguns deles retrocederam mais de 15%.
As medidas das autoridades americanas e as garantias dos governos europeus sobre a solidez do sistema bancário após a falência do SVB conseguiram estabilizar um pouco os mercados na terça-feira, mas a situação continua frágil.
O cenário de instabilidade também afetou o petróleo e o contrato do barril americano WTI registrou nesta quarta-feira a menor cotação desde dezembro de 2021.
Às 11h30 GMT (8h30 de Brasília), o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril recuava 1,53%, a US$ 70,24, depois de ter sido negociado brevemente abaixo da marca de US$ 70, a 69,76 dólares.
Seu equivalente europeu, um barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio, perdia 1,43% e era negociado a US$ 76,34, o menor nível do ano.
O euro também foi afetado: a moeda única recuava 1,24%, a 1,0599 dólar às 11H25 GMT (8H25 de Brasília).