O ex-chefe da Promotoria de Direitos Humanos, Orlando López, foi preso após uma série de buscas na Cidade da Guatemala, informou o Ministério Público em comunicado que aponta o "crime de abuso de autoridade".
"Durante o ano de 2019, antes de se vincular à instituição, exerceu a profissão de advogado e notário sabendo que era incompatível com o seu trabalho enquanto funcionário do" Ministério Público, indicou a entidade dirigida pela procuradora-geral, Consuelo Porras, sancionada pelos Estados Unidos.
Em 2013, López conduziu o processo criminal que levou o ex-ditador Ríos Montt a julgamento pelo massacre de centenas de indígenas durante o seu regime, um dos períodos mais sangrentos da guerra civil (1960-1996).
Ríos Montt foi condenado a 80 anos de prisão, mas o Tribunal Constitucional anulou a sentença, citando erros no processo. O general da reserva morreu em 2018, aos 91 anos, enquanto era julgado à revelia por ter sido diagnosticado com demência.