Enquanto isso, congressistas republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes, examinam os negócios do filho do presidente na China e na Ucrânia.
Os republicanos acusam-no de ter utilizado o nome e os contatos de seu pai em benefício próprio, quando o democrata era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), para estabelecer contratos obscuros nesses países.
Hunter, de 53 anos, deixou o computador portátil na loja de Mac Isaac para reparo em 2019, mas nunca o buscou.
No ano seguinte, o jornal conservador New York Post afirmou que obteve e-mails e outros documentos do notebook de Hunter que o envolviam, assim como seu pai, em negócios questionáveis na Ucrânia.
Isso aconteceu algumas semanas antes das eleições presidenciais disputadas por Joe Biden e o então presidente republicano Donald Trump.
De acordo com o jornal, o dono da loja entregou o laptop ao FBI e fez uma cópia do disco rígido, que depois deu ao ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, advogado pessoal de Trump.
O presidente Biden, que considera concorrer novamente à presidência de 2024, rejeitou as acusações, mas o material do computador faz parte da nova investigação do Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes sobre os negócios de Hunter Biden e sua família.
Na quinta-feira, o comitê divulgou documentos que supostamente comprovam que Hunter e alguns familiares se beneficiaram dos 3 milhões de dólares (cerca de 15,8 milhões de reais) que uma companhia elétrica chinesa pagou a um sócio, Rob Walker, em 2017. Para se defender, o filho do presidente contratou uma equipe jurídica.
Na ação judicial, Hunter Biden alega que Mac Isaac acessou ilegalmente e se apropriou do conteúdo de seu disco de armazenamento, que depois forneceu a adversários de Biden.
"Mac Isaac reconhece sem problemas que, independentemente de como obteve esse material, sua invasão incluiu ver e acessar material privado delicado", aponta a ação. "O material que ele depois forneceu a outros incluía fotos de Biden usando drogas, sem roupa, e mantendo relações íntimas com outros adultos", acrescenta.
WASHINGTON