Reunidos no balneário de Charm el-Sheikh, líderes políticos e militares israelenses, palestinos, americanos, egípcios e jordanianos ratificaram seus compromissos em Aqaba, na Jordânia, onde já havia se encontrado em janeiro.
O governo de Israel e a Autoridade Palestina reiteraram que querem "parar as medidas unilaterais" por um período de três a seis meses, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Egito.
Estas medidas unilaterais, denunciadas pela comunidade internacional, estão relacionadas à expansão da colonização judaica na Cisjordânia, que a ONU considera ilegal sob a ótica do direito internacional.
De acordo com o comunicado, Israel se compromete a "parar de abordar a questão da instalação de novas unidades de colonização por quatro meses e não legalizar comunas selvagens" por seis meses.
Uma nova reunião será realizada em abril no Egito, segundo a diplomacia do país.
Uma autoridade israelense acrescentou ainda, sob condição de anonimato, que é necessário estabelecer "um diálogo" para chegar a "eventuais acordos sobre as medidas unilaterais".
Em Huwara, um civil ficou gravemente ferido neste domingo, informou o Magen David Adom, o equivalente israelense da Cruz Vermelha, à AFP.
Em um comunicado, o exército do país disse que "um terrorista abriu fogo contra um veículo israelense, atingindo um dos dois civis" no carro, antes de ser atingido por tiros de soldados e capturado.
Sem reivindicar a autoria do ataque, o Hamas e a Jihad Islâmica o descreveram em declarações separadas como uma "resposta normal aos crimes da ocupação israelense".
Os dois grupos palestinos expressaram sua oposição às negociações de domingo, que buscam apaziguar os confrontos a poucos dias do início do Ramadã.
O conflito entre israelenses e palestinos vive uma nova espiral de violência desde o início do ano, especialmente na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.