As declarações segundo as quais "não há povo palestino e que isso é uma invenção dos últimos 100 anos é uma prova irrefutável do racismo da ideologia extremista sionista [...] do atual governo israelense", declarou Shtayyeh na abertura do conselho de ministros palestinos.
Segundo Shtayyeh, as declarações do ministro israelense são "incendiárias", especialmente porque ocorrem em um momento de aumento da violência entre palestinos e israelenses desde o início do ano.
Smotrich, um político israelense de extrema-direita, declarou no domingo que "não há palestinos porque não há povo palestino" durante uma cerimônia em homenagem a Jacques Kupfer, um ativista sionista franco-israelense, em Paris.
"Depois de 2.000 anos de exílio, as profecias de Jeremias, Ezequiel e Isaías [profetas da Bíblia hebraica] começam a se cumprir e Deus todo-poderoso reúne seu povo: o povo de Israel volta para casa após 2.000 anos de exílio e peregrinação", disse ele, segundo um vídeo do encontro que foi divulgado nas redes sociais.
"Há árabes por aí que não gostam, então o que eles fazem? Inventam uma cidade fictícia e reivindicam direitos fictícios sobre a terra de Israel, apenas para combater o movimento sionista", acrescentou.
Smotrich já havia provocado uma onda de indignação no início de março, quando disse que uma cidade palestina na Cisjordânia ocupada deveria ser "varrida" do mapa após a morte de dois israelenses.
RAMALLAH