"Necessitamos chegar ao fundo das origens do covid-19", disse Biden em um comunicado, indicando que isto inclui o vínculo entre o aparecimento da pandemia e um laboratório na cidade chinesa de Wuhan.
"Ao aplicar esta legislação, minha administração suspenderá o sigilo e compartilhará a maior quantidade de informação possível", sem comprometer a "segurança nacional", prometeu.
A lei traz riscos políticos para Biden, que tem uma relação difícil com o presidente chinês, Xi Jinping.
Pequim recusa com veemência a possibilidade de que um vazamento durante uma pesquisa no laboratório de Wuhan tenha dado origem à pandemia global. No entanto, grande parte do Congresso americano quer aprofundar essa teoria, em particular os opositores republicanos de Biden.
O Congresso aprovou e enviou a lei de transferência a Biden em março.
O surto do covid-19 começou em 2019 na cidade de Wuhan, no leste da China, e até agora provocou quase sete milhões de mortes em todo o mundo, segundo balanços oficiais, mais de um milhão delas nos Estados Unidos.
Mas os funcionários de saúde e dos serviços de inteligência americanos seguem divididos se o vírus foi transmitido aleatoriamente para os humanos por um animal infectado ou se vazou durante uma pesquisa realizada no Instituto de Virologia de Wuhan.
O diretor do FBI, Christopher Wray, disse há três semanas que essa agência acredita que a pandemia de covid- 19 foi causada "muito provavelmente" por um incidente no laboratório de Wuhan.
Antes, o Departamento de Energia havia determinado que um vazamento em um laboratório chinês era a causa mais provável do surto. No entanto, outras agências americanas acreditam que o vírus surgiu naturalmente no mundo.
A comunidade científica considera crucial determinar as origens da pandemia para combater melhor uma próxima e, inclusive, evitá-la.
WASHINGTON