O jovem, identificado como Austin Lyle, de 17 anos, abriu fogo justamente no meio de uma inspeção para determinar se estava ou não armado, informou a polícia.
"Às 9:50 da manhã, aproximadamente, foi relatada uma chamada reportando um tiroteio na escola do ensino médio East", disse Ron Thomas, chefe da polícia de Denver.
"Agentes e profissionais médicos chegaram ao local rapidamente e encontraram dois adultos com ferimentos a bala", acrescentou.
Os dois, que trabalham na administração da escola, foram levados ao hospital. Um deles se encontra em estado grave.
O Departamento de Polícia de Denver informou horas mais mais tarde que encontrou o veículo do suspeito e, a cerca de 300 metros de distância, um corpo que não teve a identidade determinada até o momento.
"Um corpo foi encontrado perto do veículo do suspeito. Os legistas de Park County (sudoeste de Denver) determinarão a identidade e a causa da morte", afirmou a polícia de Denver no Twitter.
Ron Thomas disse que o suspeito devia ser revistado todos os dias ao chegar à escola para verificar se não estava armado, segundo um acordo. Ele acrescentou que esses tipos de acordo são comuns quando o comportamento prévio de um estudante desperta preocupação.
Lyle é afro-americano e foi visto pela última vez vestindo um moletom verde, segundo a polícia.
O tiroteio de quarta-feira aconteceu semanas depois que um estudante de 16 anos foi assassinado em seu carro fora do mesmo colégio.
As aulas na escola foram canceladas pelo resto da semana e quando forem restabelecidas, haverá agentes armados na instituição até o fim do ano letivo, informou o superintendente das escolas públicas de Denver, Alex Marrero.
O jornal Denver Post noticiou que a junta escolar da cidade havia votado em 2020 a favor de retirar os policiais das escolas no marco de uma mudança de perspectiva sobre raça e vigilância policial após a morte de George Floyd, um afro-americano que foi assassinado por policiais.
Membros da junta argumentaram que a presença de efetivos era negativa para os estudantes não brancos, disse o jornal.
Os tiroteios nas escolas dos Estados Unidos são muito comuns, a ponto de estudantes em todo o país aprenderem como reagir quando há "um atirador ativo" na escola, e a opinião pública debate a pertinência, ou não, de armar os professores.
Embora a maioria dos americanos seja favorável a endurecer o controle sobre o porte de armas, os políticos não chegam a um acordo, com vozes conservadoras utilizando a Constituição para defender o direito de se armar.