"Isso é falso", afirmou López Obrador em entrevista coletiva, ressaltando que "não há nenhuma parte do território sem presença da autoridade".
Na última quarta-feira, ao comparecer ao Senado americano para falar sobre o orçamento para o ano fiscal de 2024, o senador republicano Lindsey Graham perguntou a Blinken se os narcotraficantes controlam áreas do México.
"Acho que é justo dizer que sim", respondeu o secretário de Estado durante a audiência, na qual foi comentada a crise dos opioides, em particular o letal fentanil, traficado por quadrilhas mexicanas.
López Obrador expressou que se opõe a qualquer "campanha antimexicana com fins eleitorais", insinuando que o tema está sendo politizado nos Estados Unidos, tendo em vista as eleições presidenciais de 2024 naquele país.
O presidente mexicano sugeriu que México e Estados Unidos proíbam o uso de fentanil com fins medicinais, como parte da luta contra o tráfico e consumo deste opioide. A proposta surgiu depois que a agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) pediu ao governo mexicano para "fazer mais" contra esta substância, 50 vezes mais potente do que a heroína, e à qual, apenas em 2022, foram atribuídas 70.000 mortes por overdose nos Estados Unidos.
As reclamações de Washington elevaram de tom após o sequestro, no último dia 3, de quatro americanos na cidade mexicana de Matamoros (fronteira norte), dois dos quais morreram nas mãos de seus captores, supostos narcotraficantes.
O governo mexicano afirma que apreendeu seis toneladas de fentanil desde 2018.