No sábado, cerca de 30.000 pessoas, segundo os organizadores, 6.000 segundo a polícia, protestaram perto das obras do reservatório de Sainte-Soline, cujo objetivo é armazenar ao ar livre água extraída de lençóis freáticos superficiais no inverno para irrigar cultivos no verão.
O projeto, a cargo de uma cooperativa de agricultores e que conta com o apoio do Estado, é polêmico nesta região da França, onde a questão das represas alimenta as tensões crescentes sobre a distribuição de água em tempos de aquecimento global.
De acordo com o Ministério Público, os incidentes com as forças policiais feriram sete manifestantes, três deles gravemente, incluindo um homem de 30 anos que sofreu traumatismo craniano e "seu prognóstico vital continua comprometido".
Os organizadores elevam o número de manifestantes feridos para 200, 40 deles gravemente.
O Ministério Público também informou que um total de 47 membros das forças de segurança ficaram feridos, dois deles em estado grave.
Autoridades e organizações trocam acusações pela responsabilidade dos violentos confrontos durante o protesto, que foi predominantemente pacífico, reportaram jornalistas da AFP no local.
O governo denunciou "uma onda de violência intolerável", e os organizadores, "uma operação de repressão maciça" e uma reação "violenta do Estado".
A justiça abriu uma investigação sobre as circunstâncias na quais três manifestantes ficaram gravemente feridos.
A construção em Sainte-Soline é uma das 16 previstas na região para uma capacidade total de seis milhões de metros cúbicos.