Esse dado faria da terceira década do século a de menor crescimento no período.
A situação preocupa os países ricos e as nações em desenvolvimento e emergentes, a começar pela China, destaca o Banco Mundial.
"A China há muito tempo desempenha o papel de locomotiva do crescimento global, mas isso está mudando à medida que sua expansão diminui com o tempo. A questão é quem substituirá a China nesse papel, e achamos que não será um único país, mas um grupo de países", estimou o economista-chefe do banco, Indermit Gill, em entrevista coletiva por telefone.
O crescimento da China, projetado em 5% em 2023, será o que evitará que o mundo entre em recessão. Mas sua capacidade de impulsionar o crescimento global diminuirá à medida que seu crescimento desacelerar nos próximos anos, enfatiza o relatório.
Para este ano, o banco prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global de 1,7%.
"O que precisamos fazer é entender como cada país pode fazer melhor", disse Gill.
O Banco Mundial aponta para uma confluência de fatores para explicar a desaceleração do ritmo de crescimento econômico, entre eles o impacto da pandemia da covid-19, a guerra na Ucrânia e a atual turbulência no setor financeiro nos Estados Unidos e na Europa.
O banco acrescenta que o crescimento potencial da economia mundial pode melhorar em 0,7 ponto percentual se for realizada uma série de reformas que consistem em aumentar o investimento - em queda desde a pandemia -, melhorar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e melhorar as condições de comércio.