A acusação incomum, normalmente reservada a palestinos, é feita após o ataque de um grupo de colonos a uma família palestina em seu carro em Huwara, onde oito dias antes dois colonos israelenses haviam sido mortos a tiros.
O evento, ocorrido em 26 de fevereiro, provocou ataques de dezenas de colonos israelenses, que incendiaram casas e carros em Huwara.
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, disse que achava que a cidade deveria ser "varrida" do mapa.
De acordo com a acusação do tribunal do distrito central de Israel, os dois jovens estavam entre um grupo de oito a 10 colonos que em 6 de março, durante o feriado judaico de Purim, entraram no estacionamento de um supermercado em Huwara armados com um machado, um martelo, pedras e spray de pimenta.
Um casal palestino e sua filha pequena que estavam dentro de seu veículo no estacionamento foram agredidos com pedras por um dos acusados, enquanto o outro usou o machado para quebrar os vidros. O pai foi ferido na cabeça.
Os dois colonos são acusados de "ato de terror qualificado" e danos por "motivação racial" e, segundo os promotores, eles tiveram uma "motivação ideológica e nacionalista".
Segundo o serviço de segurança interna israelense, o Shin Bet, os acusados pertencem a "um grupo violento que age para prejudicar os palestinos e minar as ações das forças de segurança israelenses ao lidar com o terrorismo palestino".
Durante o episódio de violência, um total de 300 a 400 agressores que chegaram à cidade, segundo o Exército israelense, atiraram pedras em residências e incendiaram prédios e dezenas de veículos, confirmou um jornalista da AFP.
Mais de 350 palestinos ficaram feridos. A maioria deles sofreu os efeitos da inalação de gás lacrimogêneo, segundo o Crescente Vermelho Palestino.
JERUSALÉM