Em uma reunião com Xi no Grande Salão do Povo em Pequim, Sánchez se interessou pela proposta apresentada pela China para resolver o conflito, mas convidou seu interlocutor a levar a opinião de Kiev em consideração.
"Encorajei o presidente Xi a ter uma conversa com o presidente Zelensky para conhecer, em primeira mão, o plano de paz do governo ucraniano", disse ele em entrevista coletiva na embaixada da Espanha.
Ainda neste tema, Sánchez enfatizou "a importância de que a Ucrânia, como Estado livre e soberano que é, seja quem vai decidir sobre as questões que a afetam".
O chefe de Governo da Espanha também reconheceu "o esforço do governo chinês para se posicionar", em particular, ao defender o respeito à integridade territorial e ao rejeitar o uso, ou a ameaça de uso, de armas nucleares.
Organizada para o 50º aniversário das relações diplomáticas entre Madri e Pequim, a visita buscou relançar as trocas bilaterais, assim como abordar questões geopolíticas como a guerra na Ucrânia.
A China nunca denunciou a invasão russa, mas tenta se apresentar como um mediador neutro. Nesse sentido, divulgou em fevereiro 12 pontos para uma resolução política, pedindo diálogo e defendendo a integridade territorial.
À época, Zelensky saudou o envolvimento chinês e pediu para discuti-lo com o presidente Xi.
O líder chinês viajou para Moscou na semana passada, para um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin. Este último elogiou a iniciativa de Pequim, mas ainda não respondeu ao pedido de Kiev para uma reunião, disse Zelensky.
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