O Irã está imerso em um movimento de protesto desde a morte, em 16 de setembro, desta jovem de 22 anos, três dias após ser presa pela polícia moral. Mahsa foi acusada de violar o rígido código de vestimenta imposto às mulheres, principalmente o uso do véu.
Centenas de pessoas morreram durante as manifestações, e outras milhares foram detidas, acusadas pelas autoridades de participarem de "distúrbios" instigados por Israel - inimigo jurado do Irã - e pelos países ocidentais.
Entre eles, está Abbas Kurkuri, condenado à morte nesta sexta sob as acusações de "guerra contra Deus" e "corrupção na Terra", de acordo com o veredito publicado no site oficial da Justiça iraniana.
Kurkuri foi declarado culpado por matar sete pessoas em Izeh, na província do Khuzestão, no sudoeste do país, em 16 de novembro, "com uma arma militar". Ele ainda pode recorrer da decisão, no âmbito do Tribunal Supremo.
De acordo com o site da Justiça, o condenado confessou ter agido "sob a influência das redes sociais e aceitou as acusações" contra ele.
Organizações de direitos humanos alertam contra as confissões de réus no Irã, muitas vezes obtidas sob coação. Até o momento, quatro pessoas foram executadas, e outras 20 condenadas à morte pela Justiça iraniana em processos relacionados com as manifestações.
TEERÃ